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Quando falamos em riscos nos negócios, muita gente imagina logo crises econômicas, mudanças políticas ou um grande problema de mercado.
Mas a verdade é que riscos são muito mais amplos — e podem aparecer de onde você menos espera.
O ponto crucial é: você está preparado para quando eles chegarem sem aviso?

Foi exatamente isso que aconteceu com empresas de todo o mundo durante o governo Donald Trump, nos Estados Unidos.
A imposição de tarifas sobre produtos importados pegou diversos setores de surpresa: aço, alumínio, máquinas, automóveis, produtos agrícolas…
Os custos subiram, mercados se fecharam, contratos foram suspensos. Para empresas que dependiam demais de um único cliente ou mercado, o prejuízo veio rápido — e, em alguns casos, foi irreversível.


O problema do “cliente único”

Vamos imaginar uma cena simples: sua empresa tem um cliente que responde por 60%, 70% ou até 90% do faturamento.
Tudo corre bem até que, de repente, uma mudança externa — sobre a qual você não tem nenhum controle — altera completamente essa relação.
Se você não tiver alternativas, sua operação fica vulnerável e o impacto pode ser devastador.

Esse “cliente único” nem sempre é uma pessoa física ou jurídica específica. Ele pode ser um mercado inteiro, um setor, ou até um país.
Foi o que aconteceu com quem tinha os Estados Unidos como principal destino de exportação no período das tarifas impostas pelo governo Trump.

E não é só sobre política internacional. Riscos desse tipo também surgem em cenários como:

  • Mudanças nas regras de importação/exportação;

  • Alterações em leis ou tributações que afetam custos;

  • Crises setoriais que reduzem a demanda;

  • Mudanças no comportamento do consumidor;

  • Avanços tecnológicos que tornam produtos obsoletos;

  • Movimentos estratégicos de concorrentes que “mudam o jogo”.


Gestão de riscos: muito além de “apagar incêndio”

Para muitos, gestão de riscos é apenas preencher uma tabela com problemas possíveis e apresentar esse documento para uma auditoria.
Mas na prática, isso é o mínimo — e, sozinho, não salva nenhuma empresa.

A verdadeira gestão de riscos é uma estratégia viva, capaz de proteger e até impulsionar o negócio.
Significa enxergar riscos não como algo distante, mas como uma parte inevitável do jogo.

Empresas que entendem isso:

  • Diversificam mercados para não depender de um só cliente;

  • Ajustam fornecedores para não ficarem reféns de um único insumo;

  • Investem em inovação para se manterem competitivas;

  • Criam planos alternativos para manter a operação em diferentes cenários.

O mais importante: fazem tudo isso antes que a crise bata forte.

E se o risco já chegou?

Nem sempre há aviso prévio.
Quando um risco se materializa, não é hora de entrar em pânico — é hora de agir.

Nesse momento, é fundamental:

  1. Diagnosticar rapidamente o impacto real da situação;

  2. Ativar planos de contingência já mapeados (ou criar novos, se necessário);

  3. Comunicar de forma clara colaboradores, clientes e fornecedores;

  4. Buscar alternativas para reduzir prejuízos e aproveitar oportunidades.

Isso pode significar:

  • Buscar novos mercados ou clientes;

  • Adaptar produtos e serviços para novas demandas;

  • Redesenhar processos para ganhar eficiência;

  • Criar novas fontes de receita para compensar perdas.

Não é algo que se constrói da noite para o dia, mas quanto antes começar, mais chances sua empresa tem de sair mais forte do que entrou.


Exemplos reais de riscos inesperados

Além do caso Trump, podemos citar outros exemplos que pegaram empresas de surpresa:

  • Pandemia de COVID-19 (2020): cadeias de suprimentos globais foram interrompidas, e empresas que dependiam de importações sofreram com atrasos e alta de custos.

  • Greve dos caminhoneiros no Brasil (2018): paralisações pararam fábricas, interromperam entregas e causaram perdas milionárias.

  • Colapso de fornecedores estratégicos: quando um parceiro-chave encerra atividades ou quebra, impactando toda a operação.

  • Mudanças tecnológicas abruptas: empresas de fotografia analógica que não se adaptaram ao digital perderam relevância em poucos anos.

O padrão é o mesmo: quem tinha alternativas, sobreviveu e se adaptou. Quem não tinha… ficou pelo caminho.


O que a ISO 9001 tem a ver com isso

Mesmo que você não conheça profundamente as normas ISO, saiba que elas não servem apenas para atender auditorias.
Dentro da ISO 9001, o requisito 6.1 fala justamente sobre “Ações para tratar riscos e oportunidades”.
Muitas empresas tratam esse requisito de forma burocrática — listando riscos e colocando no papel — mas deixam de lado o verdadeiro potencial:

  • Usar a análise de riscos como base para decisões estratégicas;

  • Criar planos que podem ser acionados rapidamente em momentos de crise;

  • Envolver toda a organização para antecipar problemas e encontrar soluções.

Quando bem interpretado, o 6.1 não é um “documento para cumprir tabela”, e sim uma ferramenta de sobrevivência e crescimento.


Por que falar disso agora

O caso “Trump” é só um exemplo.
Outros cenários semelhantes vão surgir — seja por crises internacionais, mudanças de governo, novos concorrentes ou transformações tecnológicas.
O que vai diferenciar sua empresa não é se esses riscos vão acontecer, mas como você vai reagir.

E aqui está o ponto central: esperar para agir pode sair muito mais caro do que investir em preparação.


Como começar a se preparar hoje

Mesmo que sua empresa nunca tenha trabalhado gestão de riscos de forma estruturada, é possível dar os primeiros passos agora:

  1. Mapeie dependências: clientes, fornecedores, mercados ou tecnologias das quais você depende muito.

  2. Avalie cenários: o que aconteceria se um desses pontos fosse interrompido amanhã?

  3. Crie alternativas: tenha opções de fornecedores, mercados e canais de vendas.

  4. Envolva o time: muitas vezes, as melhores ideias para prevenção e reação vêm das pessoas que vivem o dia a dia do negócio.

  5. Monitore constantemente: gestão de riscos não é algo que se faz uma vez — é um processo contínuo.


Preparar-se não é custo, é investimento

Ignorar riscos é como dirigir sem cinto de segurança porque “nunca aconteceu nada”.
Quando algo acontece, o preço de não ter se protegido é infinitamente maior.

Empresas que investem em gestão de riscos ganham mais do que segurança.
Elas conquistam agilidade, resiliência e capacidade de aproveitar oportunidades que surgem em meio à crise.


Se você quer entender como transformar gestão de riscos em uma ferramenta estratégica e prática para proteger e expandir o seu negócio, nós podemos ajudar.
Na Blwinner, ajudamos empresas a sair do papel e aplicar gestão de riscos de forma real, estratégica e rentável.

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