A NR-1 mudou — e não foi por acaso.
Se você é líder, RH ou dono de empresa, talvez sua reação inicial tenha sido uma mistura de preocupação, confusão e aquela sensação clássica de: “lá vem mais uma obrigação”.
Mas existe um ponto central que muda completamente a leitura dessa norma:
👉 o trabalho mudou antes da NR-1 mudar.
Este artigo reúne os principais aprendizados de um webinar que realizamos com a Mary com Y — especialista em saúde organizacional e inteligência emocional, com experiência prática em empresas como iFood, Nubank e TOTVS.
Ao longo do texto, conectamos a norma com a realidade do dia a dia das empresas, sem discurso vazio.
👉 Se quiser assistir ao webinar completo, com exemplos reais e perguntas ao vivo:
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O que você vai aprender aqui
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O que realmente mudou na NR-1
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O que são riscos psicossociais (na prática, não no juridiquês)
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Por que normalizar estresse virou um risco de negócio
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Como preparar sua empresa sem pânico e sem teatro
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Um passo a passo realista para adequação
O que são riscos psicossociais (de forma simples)
Riscos psicossociais não têm a ver com “emoção demais”.
Têm a ver com ambientes de trabalho que exigem performance de máquina de pessoas que são humanas.
Exemplos comuns:
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cobrança constante sem clareza de prioridade
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urgência permanente
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liderança pelo medo
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cultura do “aguenta firme”
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falta de espaço para discordar
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pressão silenciosa para estar sempre disponível
No webinar, a Mary com Y foi direta:
“O problema não é sentir. O problema é não saber o que fazer com o que se sente dentro do trabalho.”
E é exatamente isso que a NR-1 começa a endereçar.
Por que a NR-1 voltou com força agora?
Porque os números deixaram de ser ignoráveis.
O Brasil vive um crescimento expressivo de afastamentos por transtornos mentais, e isso deixou de ser apenas uma pauta de saúde para virar uma pauta econômica e de gestão.
A NR-1 surge como um freio em uma cultura perigosa:
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quem chora é fraco
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quem não aguenta, não serve
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alta performance é não sentir nada
Isso não é alta performance.
É adoecimento organizado.
NR-1 não é sobre emoção. É sobre sistema.
Um dos pontos mais fortes do webinar foi esse:
“Quando alguém adoece, o problema quase nunca é a pessoa. É o sistema.”
A NR-1 obriga a empresa a olhar para:
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como cobra
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como se comunica
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como reage ao erro
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como trata o tempo, o descanso e a autonomia
Isso muda tudo.
Passo a passo prático para adequação à NR-1
1️⃣ Pare de normalizar o estresse
Se “aqui é correria mesmo” virou frase padrão, isso é sinal amarelo.
Estresse pontual acontece.
Estresse contínuo é risco psicossocial.
2️⃣ Mapeie riscos com gente real
Nada de só política bonita.
Perguntas simples:
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Onde as pessoas mais travam?
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Onde tudo vira urgente?
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Onde ninguém discorda?
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Onde o silêncio aumentou?
No webinar, a Mary reforçou:
👉 “Quem está na operação vê a árvore. A liderança vê a floresta. Se não houver voz, a floresta vira ilusão.”
3️⃣ Crie canais reais de comunicação
Porta aberta não adianta se ninguém entra.
Canais eficazes:
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check-ins rápidos
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1:1 estruturado
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espaço seguro para discordar
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rituais de time que não falem só de tarefa
4️⃣ Desenvolva letramento emocional (sem terapia corporativa)
Não é sobre fazer o colaborador feliz.
É sobre dar repertório de comportamento.
Exemplo:
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sentir raiva → ok
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saber como falar sobre isso → essencial
5️⃣ Ataque a cultura do “sempre disponível”
Esse foi um dos pontos mais enfatizados no webinar.
Mensagem fora do horário, cobrança por resposta imediata, urgência artificial… tudo isso corrói a saúde mental.
Boas práticas:
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definir horários
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diferenciar urgente de importante
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tratar WhatsApp como assíncrono
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urgente = ligação
Conclusão e próximos passos
A NR-1 não é o problema.
Ela é o aviso.
Empresas que tratam riscos psicossociais com método:
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reduzem afastamentos
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melhoram produtividade
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fortalecem liderança
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protegem a última linha
👉 Se você quer aprofundar com exemplos reais e entender como aplicar isso na sua empresa, recomendo assistir ao webinar completo com a Mary com Y
Pergunta final: qual comportamento hoje, se continuar, pode virar um risco psicossocial amanhã?
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