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Você já percebeu que muitas empresas só falam de auditoria quando o prazo da certificação está estourando?
O clima fica pesado, a liderança entra em modo defesa e a auditoria passa a ser vista como uma “prova” — quando, na prática, ela deveria ser uma alavanca de gestão e crescimento.

Se você ainda tem dúvidas sobre auditoria interna, auditoria externa, auditoria de certificação, fase 1, fase 2, manutenção e recertificação, este conteúdo vai organizar tudo isso de forma simples, prática e sem jargões.

Aqui, a auditoria deixa de ser um evento isolado e passa a ser o que realmente é: uma ferramenta estratégica para empresas que querem crescer com estrutura.


O que você vai aprender aqui

  • Qual é a diferença entre auditoria interna, auditoria de fornecedores e auditoria de certificação

  • O que a ISO realmente considera como auditoria (e por que isso muda tudo)

  • Para que serve a auditoria externa além do “passar na certificação”

  • Como funciona o ciclo completo: fase 1, fase 2, manutenção e recertificação

  • Como a auditoria gera melhoria contínua na prática

  • Erros comuns que fazem empresas desperdiçarem o potencial da auditoria

  • Como usar auditoria como ferramenta de gestão — e não como medo recorrente


O problema não é a auditoria. É a forma como ela é encarada

Vamos ser diretos:
Auditoria não reprova empresas. Falta de gestão reprova.

Quando a auditoria vira sinônimo de estresse, normalmente é porque:

  • Os processos não estão claros

  • A documentação não reflete a realidade

  • A liderança só se envolve perto da certificação

  • O sistema de gestão existe “no papel”, mas não no dia a dia

A auditoria apenas escancara isso.

E aqui entra o ponto-chave: a própria ISO não trata auditoria como punição, mas como ferramenta de avaliação e melhoria.


O que é auditoria segundo a ISO (e por que isso importa)

Não é opinião da Blwinner, nem da certificadora.
A definição vem da ISO 19011, norma que estabelece diretrizes para auditorias de sistemas de gestão.

Segundo a ISO, existem três tipos de auditoria:

  1. Auditoria de primeira parte (auditoria interna)

  2. Auditoria de segunda parte (auditoria de fornecedores)

  3. Auditoria de terceira parte (auditoria de certificação)

Cada uma tem um papel claro — e confundir isso gera erros estratégicos.


Auditoria interna (primeira parte): o alicerce de tudo

A auditoria interna é obrigatória em qualquer norma ISO.

Ela é realizada pela própria organização ou por um parceiro externo, desde que:

  • O auditor seja competente

  • Não audite o próprio trabalho

Para que serve a auditoria interna?

  • Avaliar se o sistema de gestão está funcionando

  • Identificar falhas antes da auditoria externa

  • Preparar a empresa para a certificação

  • Gerar melhoria contínua real

Empresas maduras usam a auditoria interna como ensaio estratégico, não como formalidade.

Auditoria interna bem feita reduz risco, retrabalho e sustos na certificação.


Auditoria de fornecedores (segunda parte): gestão de risco na prática

A auditoria de segunda parte acontece quando uma empresa audita seus fornecedores.

Ela é comum quando há risco envolvido, como:

  • Qualidade do produto ou serviço

  • Questões ambientais

  • Segurança do trabalho

  • Compliance, ética ou ESG

Aqui, a empresa define os critérios da auditoria.

Exemplo prático

Uma organização pode auditar seus fornecedores com base em:

  • Requisitos ambientais

  • Critérios sociais

  • Boas práticas de governança

Esse tipo de auditoria protege a cadeia inteira — e evita problemas que estourariam lá na frente.


Auditoria externa ou de certificação (terceira parte): muito além do certificado

A auditoria de terceira parte é aquela realizada pelo organismo certificador, com o objetivo de:

  • Avaliar o sistema de gestão

  • Recomendar (ou não) a certificação

Mas aqui está o ponto mais ignorado pelas empresas:

A auditoria externa não serve apenas para “ganhar o certificado”.

Para que a auditoria de certificação realmente serve?

  • Validar se o sistema está funcionando de verdade

  • Refinar processos

  • Gerar insights externos e imparciais

  • Elevar o nível de maturidade da gestão

Auditorias bem conduzidas geram:

  • Oportunidades de melhoria

  • Ajustes finos na gestão

  • Evolução contínua do negócio

O certificado é consequência. O valor está no processo.


Fase 1 e Fase 2: entenda de vez essa diferença

Esse é um dos pontos que mais gera confusão.

Auditoria de Fase 1 (análise documental)

A fase 1 tem como objetivo:

  • Avaliar se a documentação existe

  • Verificar se o sistema tem maturidade mínima

  • Entender o contexto da empresa

  • Preparar o plano da fase 2

Aqui, o auditor analisa políticas, procedimentos, registros e estrutura do sistema.

Se a fase 1 não estiver bem resolvida, a fase 2 vira um risco.


Auditoria de Fase 2 (auditoria de certificação)

Na fase 2, o auditor:

  • Avalia todos os requisitos da norma

  • Vai a campo (processos, áreas, pessoas)

  • Analisa evidências reais

  • Emite não conformidades, se existirem

Ao final, a empresa é:

  • Recomendada à certificação

  • Ou não recomendada (em caso de não conformidade maior)


Auditoria de manutenção e recertificação: o ciclo da melhoria contínua

O certificado ISO tem validade de 3 anos.

Durante esse ciclo:

  • Ano 1: auditoria de manutenção

  • Ano 2: auditoria de manutenção

  • Ano 3: auditoria de recertificação

Auditorias de manutenção

  • Avaliam se o sistema continua ativo

  • Funcionam por amostragem

  • Mantêm o sistema vivo e coerente

Alguns requisitos são auditados todos os anos, como:

  • Auditoria interna

  • Análise crítica da direção

  • Operação principal da empresa


Auditoria de recertificação

  • Ocorre no final do ciclo

  • Tem profundidade similar à fase 2

  • Gera um novo certificado

Enquanto houver certificação, haverá auditoria — e isso é bom.


Auditoria gera melhoria contínua na prática? Sim — se bem usada

Aqui está um erro comum:
empresas que corrigem apontamentos, mas não aprendem com eles.

A auditoria gera valor quando:

  • As não conformidades viram planos de ação reais

  • A liderança se envolve

  • O sistema é ajustado à realidade do negócio

Exemplo real de melhoria contínua

Empresas que usam a auditoria de forma madura:

  • Transformam reuniões em análises críticas estruturadas

  • Usam indicadores para tomada de decisão

  • Refinam processos a cada ciclo

  • Evoluem ano após ano

Auditoria não é sobre não errar.
É sobre errar diferente da próxima vez — e melhor.


Como é o rito de uma auditoria (sem sustos)

Auditoria não é surpresa.

O processo envolve:

  • Agendamento prévio

  • Plano de auditoria enviado antes

  • Reunião de abertura

  • Auditoria por amostragem

  • Reunião de encerramento

O auditor não “bate na porta”.
Ele chega com hora marcada, plano definido e critérios claros.

O clima da auditoria também é responsabilidade do auditor — e auditorias bem conduzidas são produtivas, respeitosas e colaborativas.


O maior erro das empresas: subestimar o óbvio

Muitas reprovações acontecem não por falta de norma, mas por:

  • Falta de rotina

  • Falta de disciplina

  • Falta de gestão estruturada

A auditoria apenas evidencia isso.

Por isso, quando bem usada, ela deixa de ser medo e vira ferramenta de crescimento.


Conclusão e próximos passos

Se você chegou até aqui, já entendeu algo fundamental:
auditoria não é o problema — ela é parte da solução.

O que você aprendeu neste artigo:

  • A diferença clara entre os tipos de auditoria

  • Como funciona o ciclo de certificação

  • Por que a auditoria externa vai muito além do certificado

  • Como usar auditoria como ferramenta real de gestão

Próximo passo prático

Se a sua empresa:

  • Vê auditoria como dor

  • Sofre a cada ciclo

  • Ou trata ISO apenas como exigência de mercado

Está na hora de mudar a abordagem.

Converse com especialistas que tratam auditoria como gestão, não como burocracia.

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