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Você já percebeu como muitas empresas falham na auditoria ISO 9001 por motivos que não estavam nem no radar?
E pior: muitas vezes, por exigências que o próprio auditor interpreta errado — e o auditado, sem preparo, acaba aceitando.

A verdade é que a maior parte das não conformidades relacionadas à informação documentada não acontecem por falta de documentos, mas por falta de clareza sobre o que realmente é obrigatório pela norma e o que é decisão da organização .

E quando você não domina isso, abre margem para cair na situação clássica que o time da Blwinner descreveu:

“O auditor disse que não viu um procedimento e por isso vai dar não conformidade.”
— trecho baseado na conversa da equipe

Será que isso procede? Em muitos casos… não.

Neste guia, você vai entender — de forma simples, direta e sem burocracia — os erros que mais reprovam auditorias e como eliminá-los de vez.


O que você vai aprender aqui

  • O verdadeiro significado de “manter” e “reter” informação documentada

  • Quando o auditor pode exigir um documento — e quando ele não pode

  • Os erros mais comuns que levam à não conformidade no requisito 7.5

  • Como argumentar tecnicamente com o auditor usando a própria ISO

  • Como montar uma defesa sólida quando o auditor erra na interpretação

  • Checklist prático para nunca mais sofrer por documentação


Por que informação documentada reprova tanta gente?

Porque é um requisito onde cabe interpretação.
O auditor interpreta de um jeito, a empresa interpreta de outro — e aí surge conflito.

Mas o problema não é a ISO. É a falta de entendimento sobre dois pontos-chave:

1. Informações que a norma exige manter ou reter

A ISO é clara: se ela exige, você precisa ter. Sem conversa.
Exemplos típicos (da própria norma):

  • Política da Qualidade

  • Evidências de competências

  • Processos e suas interações

  • Controle de calibração

  • Objetivos e seus monitoramentos

Esses documentos precisam existir, estar controlados e acessíveis.

2. Informações que a empresa decide manter

Aqui está o ouro:
A ISO diz que a organização define o que precisa ser documentado para garantir a eficácia do SGQ.

Ou seja: se a empresa não definiu que precisa ter um procedimento formal para contratação, por exemplo, o auditor não pode reprovar por isso.

E é exatamente aqui que muitos tombam.


Os erros que mais reprovam auditorias ISO 9001 (e como eliminá-los)

Nos bastidores do time Blwinner e nas práticas de auditoria, aqui estão os erros reais que mais geram não conformidade:


1. Acreditar que “falta de procedimento” é motivo automático de não conformidade

Este é campeão.

“O auditor falou que vai dar não conformidade porque não tem procedimento de RH.”

E a pergunta certeira:

“Onde na norma fala que precisa ter procedimento de RH?”

Exatamente: não fala.

O auditor só pode exigir:

  • O que a ISO exige

  • O que a própria empresa determinou manter no sistema de gestão

Como eliminar esse erro:
Sempre que o auditor pedir um documento… pergunte:

“Você pode indicar em qual subitem da norma este documento é obrigatório?”

Se não estiver escrito, não é não conformidade — no máximo, oportunidade de melhoria.


2. Não entender a diferença entre mapa de processo, instrução e evidência

Outro ponto recorrente:

“O mapa de processo é informação documentada?”
Sim. Ele é informação documentada. Ele orienta como o processo funciona.

E isso muda tudo.

Muitas empresas acham que só o procedimento “bonitinho em Word” vale como orientação.
Não é verdade.

Se o mapa de processo descreve entradas, saídas, atividades e responsáveis — ele já cumpre o papel.

Como eliminar esse erro:
→ Antes da auditoria, revise se cada processo tem alguma forma de orientação: mapa, checklist, fluxo, instrução curta…
→ Não caia na armadilha da burocracia.


3. Não controlar documentos que você mesmo criou

Este erro também reprova muita gente — e acontece por descuido.

Trecho real da Blwinner:

“Às vezes o cliente tem uma instrução, mas não listou na planilha de controle documental.”

Ou seja:
Você criou o documento → mas não o colocou na lista mestra → então virou um documento “fantasma”.

E documento fantasma vira não conformidade.

Como eliminar esse erro:

  • Manteve? Liste.

  • Criou? Controle.

  • Parou de usar? Obsoletize.

Simples assim.


4. Não evidenciar que o documento vigente é o que está sendo usado

Aqui entram:

  • formulários

  • listas de verificação

  • modelos

  • planilhas de uso recorrente

“Checklist precisa ter versão?”
“Depende do contexto, do risco e da complexidade.”

Em empresas simples, usar só a data de emissão já resolve.
Em operações complexas, versões podem ser necessárias.

O erro é usar dois modelos diferentes sem controle.

Como eliminar esse erro:

  • Defina UMA regra para formulários: versão ou data

  • Garanta que só o vigente está acessível

  • Elimine todos os modelos antigos


5. Não escrever a não conformidade com “nome e endereço”

Essa parte da transcrição é ouro puro:

“Não conformidade tem que ter nome e endereço.”
— Bene Luiz

Muitos auditores erram porque escrevem de forma vaga, e aí o auditado rebate (com razão).

Uma não conformidade mal escrita pode:

  • ser anulada

  • ser contestada

  • virar discussão na reunião de encerramento

Como eliminar esse erro (se você é auditado):
Quando o auditor descrever a não conformidade, verifique se contém:

  1. O requisito da norma

  2. A constatação (o desvio)

  3. A evidência objetiva (onde, quando, qual documento, qual máquina etc.)

Se faltar algum desses pontos, a NC não se sustenta.


6. Não defender o próprio processo quando a interpretação do auditor está errada

“Auditor, aqui a gente não precisa de procedimento porque nossa competência é robusta, o processo é simples e o mapa já atende.”

Perfeito. Técnico. Justo.

O auditor deve:

  • entender o contexto

  • avaliar risco

  • respeitar o que a empresa definiu como necessário

Se ele insistir em algo que não está na norma, você pode (e deve) argumentar — com educação e segurança técnica.


7. Não treinar o time para responder perguntas críticas

“Tem auditado bravo que responde: bom pra quem?”
O problema não é o humor — é a falta de preparo.

Auditorias exigem:

  • clareza

  • calma

  • domínio do processo

Como eliminar esse erro:
Treine o time para perguntas clássicas do auditor:

  • “Como você sabe que esse processo funciona?”

  • “Como você garante competência?”

  • “Como você controla documentos?”

  • “Por que não existe procedimento formal?”

Quando a resposta vem segura, a auditoria flui.


Checklist final:

Use este checklist antes da auditoria:

✔ Documentos exigidos pela norma estão mantidos?

Política, objetivos, competências, mapa do SGQ, evidências críticas.

✔ Documentos criados pela empresa estão controlados?

Nada “não oficial”.

✔ Existe clareza do que é orientação e do que é evidência?

✔ Processos simples não têm excesso de burocracia?

✔ Formulários e checklists têm controle mínimo (data ou versão)?

✔ Só os documentos vigentes estão disponíveis?

✔ A equipe sabe defender o processo com base na norma?

✔ O auditor consegue entender o contexto sem ruído?

Se tudo isso estiver claro, você reduz drasticamente o risco de não conformidade.


Conclusão 

A informação documentada é, sim, um dos pontos mais sensíveis da auditoria ISO 9001 — mas não precisa ser um bicho de sete cabeças.

Quando você entende:

  • o que é obrigatório,

  • o que é decisão da empresa,

  • e como sustentar tecnicamente suas escolhas,

…você transforma um ponto crítico em vantagem competitiva.

E fica blindado contra interpretações equivocadas de auditor.

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